Radiola Preta (SP/SP)

Radiola Preta (SP/SP)

Quem chega no MSSB hoje é a Radiola Preta, sistema de som paulistano que está na ativa desde 2013. Conversei com o Christopher Seletor, que contou a trajetória do coletivo.

(por Dani Pimenta)

“A Radiola Preta foi fundada em 13 de Maio de 2013, e contava comigo (Christopher Seletor), Cecitta e Buyaka San. No principio era difícil, assim como uma criança que começa a dar os primeiros passos. Era uma festa aqui outra lá, sempre correndo atrás de espaços para tocar, resistindo às criticas e outros serviços desnecessários para a nossa luta que tem como objetivo geral compartilhar não só a música, mas também o momento (Tempo) e o local (Espaço).”

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“A principal via de evolução da sound foi justamente a via pública, quando começamos, a ideia era sempre ocupar espaços públicos e até hoje ocupamos a rua. Podemos falar que a rua foi nossa universidade, somos lembrados por isso, de fazer som nas ruas de SP. Penso que isso foi o que fortaleceu a Radiola Preta.”

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“Atualmente formam a Radiola Preta Christopher Seletor, Manoe de La Onda, Ceccita e esporadicamente se faz presente Tiago Basci. Estamos em sintonia e a disciplina cobrada é como de um filme, cada um tem seu papel fundamental na ação da Radiola Preta. Tentamos seguir com fidelidade a matriz jamaicana que é de extrema importância para o fortalecimento cultural da diáspora africana.”

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“Os principais projetos da Radiola Preta foram o Radiola Perambulante, realizado na zona norte de SP, que fez parte do plano de expansão da cultura, atribuindo o título de agente comunitário de cultura, e o Rebel Cities no centro de SP, realizado totalmente independente. Das festas esperamos ser convidados para tocar nas dos outros sound (rsrsrs). Este ano a Radiola passará por uma reformulação dos equipamentos e estaremos limitando o uso dos mesmos para melhor utilização futuramente. O objetivo do sound é crescer fisicamente e espiritualmente, hehe, assim abriremos as porteiras do mundo e ocuparemos cada espaço de Sampa e, porque não, do Brasil e outros países. Estamos vivendo uma globalização, não podemos mais nos limitar em apenas um espaço, queremos tudo, mas sempre com dignidade e respeito, pois o mundo é uma esquina e sempre iremos nos encontrar por ai. Radiola Preta, gwan!”

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