High Public (São Paulo – SP)

High Public (São Paulo – SP)

High Public Sound foi um dos coletivos mais representativos da capital paulista, com realizações como o Reunion of Dub, icônico festival brasileiro da cultura sound system.

O High Public Sound foi fundado em junho de 2010, e a formação original trazia Raunas, Mad Hatt e Julio Peppa. Quem fala mais sobre isso é o próprio Raunas. “A nossa ideia inicial era montar um sound system sem muitas expectativas, pois sabíamos que a correria de um sound profissional era grande e não tínhamos condições naquele momento, portanto arriscamos em produzir pequenas festas, reunir os amigos e tocar os sons que acreditávamos. Isso foi agregando mais pessoas e, consequentemente, começamos a trabalhar mais seriamente.”

“No início a gente saia fazendo o que dava. Logo nos primeiros meses o Maurinho (Jr. Toaster) entrou pra equipe e logo o Peppa saiu para se dedicar ao Quilombo Hi Fi, outro sound do qual ele fazia parte, e também por estarmos com muita demanda em outro projeto nosso chamado Coletivo Pratododia.”

Aliás, vale a pena ressaltar que o High Public sempre trabalhou lado a lado com o Coletivo Pratododia. “E foi dessa junção com outros amigos que começamos a produzir uma festa chamada “Spliff Reggae Hour” no começo de 2011, que foi um grande impulsionador. Lá que conhecemos de fato a maioria das crews, seletores e MC´s da cidade e de fora que estavam atuando naquele tempo. Foi com essa estrutura que começamos a produzir a nossa festa noturna “Step Forward”, que tomou grandes proporções desde então.”

No fim do ano de 2012, a equipe do sound system ganha um reforço feminino: Raphaela entrou para a equipe, e em seguida inicia-se o projeto das caixas, que ficaram prontas ainda no começo de 2013. “Porém não tínhamos verba para comprar o restante dos falantes e as potências, porém não deixamos de trabalhar e rodamos a cidade inteira, interior e até mesmo outros estados somando com outras equipes,  até que em fevereiro de 2014 conseguimos finalmente estrear o nosso sistema de som oficial”, conta Raoni.

“Hoje o coletivo evoluiu, e nesses quase 5 anos adquirimos experiência em diversos pontos, desde a produção de eventos a turnês internacionais de artistas. Pegamos bastante estrada, somos bem recebidos em diversas cidades, clubes e quebradas por aí. Conseguimos manter uma estrutura de som que foi conquistada com muito trabalho e temos atuado bastante em estúdio, produzindo a nossa própria música.”

No ano de 2015 o coletivo iniciou uma residência mensal no Hole Club, que foi por muitos anos o templo da cultura sound system em SP.

Hoje, o High Public tem na linha de frente Raunas, Jr. Toaster, Mad Hatt e Raphaela. Também participam das atividades do HP a fotógrafa Melissa Sirks, que é quem faz as fotos, vídeos, promoção, e também trabalha no estúdio, e Almir, que é o motorista do caminhão.

Estão entre os principais projetos atuais do High Public:

Festas:
-RISE UP – festa mensal no Hole Club com sistema de som completo sempre com convidados. A a festa segue a linha roots, stepper e dubstep.
-STEP FORWARD – festa anfitriã, que a crew produz quando recebe grandes nomes da cultura.
-HIGH LADIES – festa anual dedicada 100% aos vocais femininos
REUNION OF DUB FESTIVAL – nas palavras de Raunas: “É o festival anual que idealizamos, mas que realizamos com a ajuda de muitas pessoas que se disponibilizam a trabalhar conosco.”

Produções:
“Nós trabalhamos no estúdio produzindo mixtapes, dubplates, músicas, além do trabalho de registro audiovisual dos nossos bailes. Ainda é algo pelo qual estamos engatinhando, é um trabalho constante de eterno aprendizado que temos que conciliar com o nosso dia a dia.”

“Desde o início nossa intenção foi tentar inovar na seleção musical, trazer novidades, apresentar músicas que outros sounds não tocavam, sejam elas antigas ou novas, assim como os convidados em nossas festas, que em sua maioria tem uma identidade forte e uma seleção especial incluindo produções próprias, dubplates ou musicas difíceis de escutar em outros sounds da capital.

Tentamos seguir uma tendência mundial, tentamos estar conectados numa rede mundial agindo localmente, fazendo esse intercâmbio constante, o que nos abre muitas portas assim como abrimos para muitas pessoas também”, finaliza Raunas.

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