“Nascida e criada em lar musical, a música sempre fez parte da vida de Stella. Aos 6 anos de idade ingressou na ULM (universidade livre de música, atual EMESP) para estudar teoria e iniciar a prática musical, mas já aprendia a ler partituras e técnicas vocais em casa e nos conservatórios onde sua mãe era professora. Já nesta idade Stella se tornou sobrevivente
de diversos abusos sexuais e psicológicos que se repetiram por toda sua adolescência e início da fase adulta, porém encontrou na música o poder de tratar de suas feridas, bem como trazer mensagens de empoderamento e cura a pessoas com histórias parecidas, além de conectar-se com outros artistas para levar pra frente seus ideais e a luta por um mundo melhor e mais seguro para as próximas gerações.

Aos 16 anos, Stella visitava escolas e empresas levando palestras musicais abordando temas como violência doméstica, abuso sexual, consciência de classe, raça e gênero, bullying e depressão, chegando a atender grandes empresas como Camil, CPFL, Fundação Getúlio Vargas, SEBRAE e Saccheli, abordando estes e outros temas através de músicas e
dinâmicas em grupo, porém teve seu processo interrompido por mais uma situação de violência, um relacionamento abusivo com um homem mais velho e que se estendeu até seus 20 anos de idade, e tornou-a mãe.

Agora mãe de uma menina, Stella moveu todos os seus esforços para conquistar sua liberdade e interromper o ciclo de abuso que vivia em casa, e quando o conseguiu, tomou como seu maior objetivo levar a mesma cura e libertação através de sua música, arte e história. Dos vagões de São Paulo às casas culturais, Stella atualmente está prestes a lançar seu primeiro EP, gravado em 2020 (interrompido por conta da pandemia), mas já possui músicas disponíveis em todas as plataformas de streaming com o apoio do coletivo Circuito Reggae e da gravadora Kaskata’s, que viabilizaram o início, e agora a continuação dessa nova etapa em sua vida e carreira.”