O RoodBoss Soundsystem foi fundado em 2008. No início da caminhada e nos primeiros eventos realizados pelo coletivo, sete pessoas faziam parte do “molho”: Gustavo Leal, Felipe Morais, Zumberto, Rafael Avelar, Pedro Vasseur, Bruno Moreno e Dereco.
Zumberto conta como tudo começou. “Os primeiros passos foram descolar um par de caixas e amplificador para discotecar numa calçada de boteco. Tiramos alvará e fizemos a divulgação. O som rolou numa tarde de sábado e a repercussão foi ótima.”
“De lá pra cá nos envolvemos na cultura sound system, investimos em equipamento, aumentamos a coleção de discos além de conseguir trazer artistas jamaicanos para se apresentar na cidade, como os grandes King Stitt e Jackie Bernard. Tivemos sucesso em vários eventos, tanto naqueles de maior porte para 2000 pessoas, quanto os menores, para 50.”
Além do sucesso, houve o outro lado da moeda, mas nesse meio tempo o saldo foi bem mais positivo que negativo, como disse Zumberto. “Também tivemos prejuízos e tomamos calote nesse caminho. Mas conseguimos ter uma relevância grande na cena cultural da cidade, além de podermos nos apresentar e ter reconhecimento noutras cidades do Brasil. Tivemos anos bem mais movimentados que outros, afinal levamos o sound system como um hobbie no nosso tempo livre.”
Hoje menos pessoas tomam a frente do projeto, que é tocado por Gustavo, Felipe, Zumberto e Raphael, membros da ainda “primeira formação”. Outros amigos sempre dão aquela força para carregar o equipamento pesado e são imensamente importantes pra fazer a parada acontecer. O coletivo produz tanto festas a céu aberto (RoodBoss Hometown) quanto festas indoor (RoodBoss Downbeat), sem uma periodicidade definida.
“No ano de 2014 estivemos um pouco ausentes, focando mais em outros interesses pessoais. Entendo que, quando começamos, Belo Horizonte precisava muito daquilo que tínhamos para oferecer. Hoje a cena cultural local cresceu e é muito diferente e diversificada. Acredito que nossa tendência seja atuar em eventos menores e portanto menos trabalhosos, atendendo um público que realmente curte a nossa música, valorize e participe das atividades que propomos. É importante que seja divertido pra gente e não apenas um trabalho.”