“A fundação do Mozziyah aconteceu em 2012, com a proposta inicial de levantar o som para promover as festas do Hail Him – projeto fundado em 2005 – em lugares públicos da cidade de SP. Com a evolução, o coletivo optou por também fazer festas em clubes fechados, com os lucros revertidos totalmente para a montagem do sistema de som.
Alleh conta um pouco mais sobre a trajetória do Mozziyah. “A equipe sempre foi muito grande, com pessoas de todas as partes de SP. Hoje em dia muitos já não fazem mais parte da equipe por razões pessoais. A formação que sempre focou no projeto está até hoje, que no caso sou eu, Gabriel “Mano Toddy”, Luiz carlos “Carioca”, André Velluso, Anderson “Magrelo”, Fabio Molino, Vitor Molino e Filipe “Fifis”. Formamos a “linha de frente” do nosso corre, focando na evolução do som. Além dessas pessoas tem mais uma galera que soma no transporte, carregamento do som, marcenaria e outras funções paralelas. Não é fácil manter o sistema de som na ativa, por isso essa é uma atividade que exige muito respeito, porque quem faz de verdade sabe as dores e os calos nas mãos que ficam no decorrer da caminhada, mas nada que o AMOR pela batida não cure.”
Ele também fala dos primeiros passos e da evolução na construção do sistema. “Os primeiros passos foram achar um bom marceneiro e levantar as primeiras caixas, de resto era só manter a vibe e energia de nossas festas. Tive que estudar muitas paradas sobre som e contar com a ajuda de vários amigos de caminhada. Lembro até hoje o dia que fui até São Caetano na casa do meu mano Pingo (Garage Sistema de Som) para esclarecer várias dúvidas sobre som. Colei lá e disse: ‘Ae Pingo! Hoje você vai ter que me aguentar!’ E com um caderno na mão comecei minhas perguntas. Agradeço até hoje a esse mano porque ele foi o primeiro que chegou em mim e disse que eu poderia perguntar o que eu quisesse. E assim fui aprimorando meus estudos e com o tempo fui aprendendo muita coisa. Hoje em dia eu mesmo faço toda a manutenção e reparos. O som foi evoluindo conforme as festas iam acontecendo, as pessoas se ligam muito na batida e se o todo é profissional a parada flui. É só saber trabalhar.”
“O coletivo hoje só cresce, pessoas vem e vão! Só quem fica é quem realmente tá na mesma pegada de trabalhar em prol da batida de som. Hoje temos 2 anos de trampo, e a maioria do pessoal tem seus projetos paralelos com a música, arte e entretenimento, incluindo fotografia, skate, outros tipos de música e arte. Eu sigo com o som e festas paralelas. Um exemplo é a GF POSSE, crew que é uma soma do Mozziyah com alguns integrantes de Jurassic Sound e Leggo Violence Posse. O intuito é proporcionar a alegria e boa música em dois toca-discos nas noites de SP, focando nas produções dos anos 80 e 90 da Jamaica, Reino Unido, Canadá e NY.”
O foco do coletivo é alçar voo alto e alcançar patamares muito maiores. Segundo Alleh, a meta hoje é chegar em um degrau similar aos das grandes e tradicionais equipes de som brasileiras, como Chic Show, Black White e Kaskatas, para citar as mais conhecidas. “Esse é o nosso foco máximo, um dia eu sei que chegaremos lá, portanto estamos nos preparando constantemente. Evolução é a regra dessa equipe, se não soma SOME!”